O título pode ser enganador, mas neste momento conjuntural da nossa vida económica e empresarial a falta de mão de obra para todas as atividades na nossa região é um grave problema. Já o tinha sido em 2016, agravou-se em 2017 e será pior em 2018 pois o turismo continuará a crescer e a abertura do que falta do complexo MarShopping agravará esta situação.
Inscritos no IEFP estão cerca de 10.000 desempregados, o que representa das mais baixas taxas de desemprego desde há muitos anos. Destas 10.000 pessoas uma parte maioritária não têm aptidões nem condições para ingressar no mercado de trabalho. Outra parte, que acredito menor, tudo faz para não ser chamada a trabalhar, sobrará uma fatia pequena que com formação adequada estará apta para engrossar os ativos. Esta situação de baixo desemprego, embora pareça paradoxal ,está a criar dificuldades ao crescimento da nossa economia. Como atrair empresas para a nossa região se não há mão de obra disponível? Como manter as nossas empresas em pleno funcionamento com esta falta crónica de mão de obra?
A situação não é de fácil resolução. Temos um custo de vida mais elevado do que a média nacional e o mercado de arrendamento não funciona. Uma das saídas inevitáveis irá ser o aumento dos salários dos colaboradores para assim aumentar a procura do Algarve, mas só isso não chega. É necessário planear o futuro, apostando na natalidade. Não podemos ser um país idoso onde existem cada vez menos ativos. Se há matéria transversal a todos os partidos políticos esta deverá ser uma delas. Pensar como queremos o nosso País daqui a 20 anos é uma tarefa de todos nós, hoje.
Álvaro Viegas - Presidente da ACRAL
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