O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 6,5 milhões de dormidas em maio, mais, respetivamente, 162,1% e 221,8% do que no mesmo mês de 2021, anunciou hoje o INE.
Num comunicado hoje divulgado, o Instituto Nacional de Estatística (INE) precisa que o número de hóspedes e de dormidas diminuiu 3,2% e 0,7% em maio face ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia.
O número de hóspedes e de dormidas tinha registado acréscimos de 426,4% e de 552,1% em abril deste ano face ao mesmo mês de 2021.
Em maio, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 4,7 milhões, indica o INE, adiantando que o mercado interno cresceu 11,6% e os mercados externos diminuíram 4,7% face a maio de 2019.
O INE afirma ainda que, no conjunto dos primeiros cinco meses deste ano, as dormidas aumentaram 355,2% (+128,5% nos residentes e +775,8% nos não residentes).
Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 9%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-14,4%), já que as de residentes cresceram 4,9%.
Em relação ao número de dormidas em maio, o INE indica que em termos homólogos estas aumentaram 237,5% (-0,9% face a maio de 2019) na hotelaria (82,9% do total), 200,4% (-4,8%, comparando com maio de 2019) nos estabelecimentos de alojamento local (13,8% do total) e 70,4% (+30,1% face a maio de 2019) no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,3%).
Em relação aos mercados externos, o INE considera que em maio estes registaram um crescimento significativo.
Assim, em maio, enquanto o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas, mais 47,7%, os mercados externos predominaram (peso de 72,2%) e totalizaram 4,7 milhões de dormidas, mais 489,5%.
No que toca aos principais mercados emissores, o INE considera que estes registaram evoluções díspares face a maio de 2019.
Assim, a totalidade dos 17 principais mercados emissores registou aumentos expressivos em maio, tendo representado 88,2% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
O mercado britânico (21,7% do total das dormidas de não residentes em maio) diminuiu 0,8% face a maio de 2019.
Face a maio de 2019, as dormidas de hóspedes alemães (11,8% do total) diminuíram 7,3% e o mercado francês (quota de 10,7%) recuou 10,0%.
Comparando com maio de 2019, os maiores crescimentos foram registados nos mercados dinamarquês (+38,2%), romeno (+36,7%), checo (+32,8%) e norte-americano (+21,9%).
Em relação às maiores diminuições estas foram registadas nos mercados brasileiro (-25,8%), sueco (-18,0%) e austríaco (-11,7%).
Por regiões, o INE indica que houve um aumento expressivo das dormidas em todas.
Em maio, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, tendo o Algarve concentrado 28,6% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (26,3%), o Norte (16,4%) e a Região Autónoma da Madeira (12,1%).
Comparando com maio de 2019, registaram-se aumentos na Região Autónoma da Madeira (+18,8%), Norte (+6,5%) e Alentejo (+1,2%).
O maior decréscimo foi observado no Centro (-7,4%).
Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a Região Autónoma da Madeira (+66,2%), Norte (+14,2) e Alentejo (10%).
As dormidas de não residentes aumentaram na Região Autónoma da Madeira (+12,6%) e no Norte (+2,4%), tendo as maiores diminuições sido observadas no Centro (-23,1%) e Alentejo (-11,1%).
O INE indica ainda que em maio, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites) aumentou 22,7% (+23,9% em abril).
A estada média dos residentes (1,89 noites) aumentou 6,8% e a dos não residentes (2,98 noites) cresceu 2,3%.
Na Região Autónoma da Madeira e no Algarve as estadas médias atingiram os valores mais elevados: 4,52 e 3,77 noites, respetivamente.
Lusa
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